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Troika, triunvirato ou o que se lhe quiser chamar propõe novo hino para Portugal




Nos três últimos anos Portugal, segundo o CDS pelo menos, esteve (e continua a estar) num estado de protetorado (São as palavras do CDS, não do PCP). Esta afirmação pode até parecer exagerada, mas á luz da informação que nós n'Os Gárgulas vamos agora avançar, esperamos que o leitor possa mudar de opinião.

É que aparentemente, a troika estrangeira (como o PCP gosta sempre de salientar) de organizações ás quais subscrevemos fez uma nova sugestão.

O leitor pode perguntar-se: O quê agora? Vão-me ao bolso outra vez? Vão vender o Algarve?

Não, não chega tão longe. O triunvirato, como Portas gostava de lhes chamar (talvez porque "troika" parece á primeira vista vir da palavra "perestroika" (não que isso faça muito sentido, mas prontos) que em russo significa reestruturação e como se sabe reestruturações não são um forte de um conservador como Portas que no entanto reestruturou o significado da palavra "irrevogavel") sugeriu que o hino fosse substituído por uma versão mais atual.

Leu bem. O triunvirato estrangeiro (permitam-me aqui fazer a quadratura do círculo nesta questão) sugeriu que se mudasse o hino.

Questionada a respeito disto, Christine Lagarde disse o seguinte:

"Esse hino, tal como a constituição, está ultrapassado. Há que adaptar aos novos tempos que Portugal passa, que diga-se de passagem não são nada condizentes com as letras do hino. 'Nação valente e imortal'? Bastou-vos uma crise de dividas soberanas para quase falir! Não me façam rir!"

Apesar do tom da senhora Lagarde me ter parecido algo deselegante, não pude discordar por muito que quisesse.

Com tudo isto resta revelar, em primeiríssima mão, aos ávidos leitores dos Gárgulas que sabem que este é o melhor blog que já leram, as letras desse novo hino. Deixamos-vos com "A Estrangeira":


Heróis do mar, pobre povo

Nação falida e infeliz

Levantai hoje de novo

O fardo de um governo que se contradiz

Entre as brumas da memória

Ó pátria sente-se a voz

Dos teus egrégios avós

Que hão-de morrer na miséria

Ás armas, ás armas

Sobre a terra e sobre o mar

Ás armas, ás armas

E contra a pátria lutar

Contra o Constitucional marchar, marchar!

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