Avançar para o conteúdo principal

Pasteis de Belém: Uma fraude!


Pois é, caros amigos, o tempo passa depressa! Estava aqui a dar uma vista de olhos mental aos tesourinhos deprimentes da minha vida (o que é sempre um exercício bastante penoso) e lembrei-me que há cerca de 4 anos o PVD gravou um vídeo para Os Gárgulas no qual, para resumir toda a cena, eu dizia mal dos pastéis de Belém. Sim, por estranho que pareça, nós existimos assim há tanto tempo!...na verdade o PVD até já existe há uns 4.000 anos, mas enfim. Nesse vídeo eu denunciava a conspiração mundial para tornar os pastéis de Belém naquilo que se pode chamar uma...coisa. Que existe, vá...roubando a ideia dos pastéis de nata.
Parece-vos uma sugestão rebuscada? Eu mostro-vos o dito cujo:



Como podem ver, trata-se de um vídeo que na altura foi muito polémico. Chegou mesmo a estar na ribalta durante vários meses, tendo aparecido na abertura de noticiários e em capas de jornais de todo o mundo, abrindo o debate sobre o mundo secreto e obscuro da confeitaria tradicional/conventual na nossa sociedade. Não se lembram de ter visto? 

Que? Nunca ouviram falar de nada disto?! Esperem, quê? Um momento...
Estão me aqui a dizer que 100 visionamentos é considerado um pouco baixo para que um vídeo possa ser considerado um sucesso? 
Ahn? Esperem...
Muitíssimo baixo? Quase nulo? Pff...
Há vídeos com dezenas e centenas de milhões de visionamentos no youtube?!
Bom, não interessa. O facto é que algumas pessoas viram este vídeo. Nem que tenham carregado lá por engano.

E como eu estava a dizer, fiz este vídeo há tanto tempo, e nos primórdios do nosso grupo humorístico (tempos áureos em que planeávamos iniciar a nossa carreira através de sketches audiovisuais e nada escritos...) e lembrei-me que nunca tinha feito um post sobre esta questão. Sim, sobre os pastéis de nata!
Na verdade existe uma explicação. Eu vim a descobrir ao fim de muito tempo que grande parte daquilo que aí disse sobre os pastéis de nata não só está completamente errado como também é super insultuoso para com o dito bolo. Pelo que tomo este post como uma oportunidade para pedir desculpa a quem eu tenha ofendido. Desculpem caros consumidores, fui longe demais.

O pastel de nata obviamente em NADA tem a ver com o pastel de Belém, ao contrário do que eu disse no vídeo. Não liguem, eu era só um adolescente parvo na altura.
É claro que o pastel de nata não é "igual ou melhor ao pastel de Belém", nem assim nem "quentinho".
Em bom rigor devemos esclarecer que pastel de Belém e pastel de nata são coisas completamente diferentes, opostas até, em certo sentido. Senão reparem:

Os pastéis de Belém são quentes, são moles e desfazem-se nas mãos. Levam açucar em pó e canela em pó.
Os pastéis de nata são frios, são mais duros, não se desfazem a não ser quando são trincados, e por fim não levam nem açucar nem canela.

Isto meus amigos, é a prova de como o pastel de Belém é toda uma fabricação abicho-apaneleirada, plástica e fictícia da virilidade do VERDADEIRO bolo pastel de nata, o 'macho-man' da doçaria!

Os pastéis de Belém no fundo são como aquelas streapers que se veem em bares duvidosos e que são bastante atraentes e sim senhor, mas que quando se olha bem afinal era um travesti (hipótese que costuma acontecer frequentemente entre nós com o PVD).

Resumindo:
Nós, nortenhos não precisamos de aquecer os nossos estómagozinhos e de preparar os nossos delicados dentinhos para a trituração de um simples bolo! Dispensamos torna-los mais doces ainda para deleite da nossa linguínha por via de pozinhos doces, tanto brancos como castanhos (isto soou estranho, mas pronto).
Nós, caros amigos, nós homens do Norte somos...homens...do Norte, tá?! Agora vocês "alfacinhas"...(ui, sou alfacinha!), seus...seus...florzinhas!!! Não venham praqui roubar-nos as nossas ideias pré-concebidas pá!!!

Bom, está tudo dito. Fiquem bem, meus fofos. Beijinhos!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Coçador de micose implacável

Senhoras e senhoras, meninos e meninas (Ou será que em vez desta treta toda é melhor chegar aqui á Fernando Rocha: Ora ladies and gentleman… digam vocês o resto senão terei de por a bolinha vermelho no canto do blog). Hoje temos aqui presentes dois dos maiores coçadores de micose do país, de um lado temos ao Gato fedorento campeões a coçar a micose há vários anos, do outro lado temos PVD o mais novo coçador de micose, com apenas 17 anos já coçou bastante a micose. Eu e o Space Aye já nos oferecemos para ajudar PVD, mas ele não tem medo, ele diz que é capaz de os enfrentar os quatro membros do gato fedorento e derrotá-los sozinho. Entrevistador – PVD já não escreves um post, há cerca de dois ou três meses, e os Gato fedorento já estão ausentes há mais de meio ano achas que ainda é possível dares a volta por cima? PVD – Opá eu acho que sim, um atleta de alta competição a coçar a micose como eu não se pode deixar vencer por quatro marmanjos porque era extremamente chatinho se eu perdess

Porque odeio espanhóis

Se eu fosse o PVD, a resposta ao título deste post poderia ser apenas uma frase: "porque sou português". Mas como eu faço posts minimamente decentes (hein, PVD?) vou escrever mais duas ou três. A razão para eu fazer este post (além do facto de este blog já estar a ganhar baratas) prende-se com o facto de eu estar prestes a partir de férias (ou seja, contem com mais baratas pelo menos até pra semana). Férias...para Espanha, obviamente. Porque é para lá que os pobres como eu passam férias fora. No entanto, estou convencido que a viagem vai ser um martírio, uma vez que como vou de autocarro, e a minha chegada está prevista para 13 horas (não às 13h mas depois de 13 horas de viagem!). Por isso decidi levar a biblioteca de Alexandria comigo. Não foi fácil, visto que aquilo estava tudo queimado e debaixo de água, mas lá consegui pegar nuns calhamaços velhos e trazer comigo. Mas apesar de estas 13 horas parecerem muito, não me espanta. Afinal de contas, é provável que o motorista re

António Costa, o irrevogável socialista

Como qualquer showman, António Costa, adapta-se á sua plateia, e foi isso que o líder socialista fez quando em Barcelos diante de uma plateia de portugueses se apercebeu que tinha que voltar a soar um bocado á "alternativa" que tinha prometido antes de se tornar lider do PS. O incrivel progresso que o país tinha tido aquando do seu evento público de vassalagem aos investidores chineses rapidamente se transformou em retrocesso, num perfeito exemplo de trapézio á la Portas. A adaptação pode ser um grande trunfo quando se procura entreter um público, mas não o devia ser quando se fala de convicções. Mas num país onde a palavra irrevogável perdeu o seu significado original, isso já é capaz de ser pedir demais. Se há alguma coisa que se pode reter é que afinal parece que a falta de convicção dos lideres do PS não é defeito, é feitio.