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Gasparnosaji




Tudo começou com algo estúpido, JF diambulava pelas ruas de Saint Ovideos, e de repente sentiu uma pancada na cabeça, olhou para trás, e quando viu que estava a ser atingido por uma moeda de 2 euros, até começou a apreciar a sensação, até que se tornou bastante irritante e começou a fugir.

JF, coçador de micose profissional (cronista nos Gárgulas), estava a ser atormentado, por um desconhecido que não tinha nada para fazer.

Já em desepero de causa JF começou a correr para ver se conseguia fugir do desconhecido que lhe estava a bater-lhe com moedas de 2€. Não dava para perceber por que raio alguém lhe faria aquilo. Ele sempre quisera uma moeda de 2€, mas nunca esperara que lha dessem assim.

Mais tarde, JF conseguiu parar para descansar um pouco.

- O quê que se passa contigo? Pareces exausto. - Perguntou MR que o encontrou.

- Um tipo estranho está a bater-me com moedas de 2€. Quase que parece que me quer matar. - JF respondeu.

- Está bem, está, conta-me outra. - MR respondeu incrédulo.

- A sério! Ele está a tentar matar-me com moedas de 2€. - JF insistiu.

- Não digas disparates. - MR disse.

- Será que é algum stor do qual não me lembro? - JF perguntou.

- Porque raio é que um stor faria uma coisa dessas? - MR perguntou.

- Sei lá! Porquê que alguém faria isto? - JF replicou.

- Deixa-me responder-te dizendo que ninguém faria isso. Estás a imaginar coisas. Vou ter que ir embora. Até mais tarde. - MR disse antes de sair.

Assim que MR foi embora, o tipo estranho recomeçou a sua tortura e JF começou a fugir dali.

JF dirigiu-se para o sitio mais próximo, o mercado de Saint Ovideos, que como sempre estava repleto de gente da mais alta sociedade, peixes morenos, sardinhas em biquini e bacalhaus a jogarem á Noruguesa.

- Ei... isso é peixismo (Discriminação contra peixes) pá! Lá por sermos da Noruega, não podemos jogar á sueca descansados ahn!? Escreve mas é direito e deixa-te de descriminação! Os bacalhaus também são pessoas! - disse um bacalhau exaltado ao narrador deste post.

- Ok, personagem ficticia que acaba de interagir com um dos seus narradores... só disse que estavam a jogar á Norueguesa porque puseram Neutrógena nas mãos. - receberam como resposta.

- Nós não temos mãos, mas sendo assim, tem toda a razão, continue... - o bacalhau disse.

No meio de toda esta confusão JF encontrou a única pessoa que podia ser mais maluca que o homem que o agredia com uma moeda de dois euros constantemente.

Nada mais nada menos do que Space Aye, seu velho amigo cronista, que encontrava-se a tentar engatar uma lagosta no bar do mercado.

- Ajuda-me!! Por favor! - gritou JF já desesperado.

- O que foi pá? não vês que tou no meio de um assunto importante? - disse Space Aye enfiando uma nota de 50€ no sutien da lagosta, que estava a dançar no varão.

- Ele não me larga!! - disse JF, retirando uma moeda de 1€ e colocando-a na tanga cor de rosa da lagosta.

- Mas quem é que não te larga? Não vejo ninguem atrás de ti. - disse Space Aye, e foi aí que JF se apercebeu que o tipo o tinha deixado finalmente em paz...

- Ele não deve ter entrado, porque há bocado estavamos na rua, e como agora estamos num sitio público, deve ter tido medo! - explicou JF.

- A rua não é um local público? - perguntou Space Aye.

- Epá tu percebeste... estou mesmo a dar em doido... é um tipo parecido com o Mr. Bean, e que fala muito devagar! - JF descreveu o tipo que o atormentava.

- Ena, conheceste o Vitor Gaspar?? - perguntou Space Aye incrédulo.

- Quem é o Vitor Gaspar? - perguntou JF e Space Aye olhou para ele com ar de estúpido por JF não saber quem era Vitor Gaspar.

- Bem... ao menos sabes quem é o PVD... Só para confirmar se é mesmo ele, como é que anda vestido? - disse Space Aye.

- Ele tinha uma tshirt a dizer "I LOVE IRS". - repondeu JF.

- É mesmo o sacana do Gaspar e a razão pela qual não encontrou aqui está mesmo ali naquele balcão... - disse Space Aye apontando para um homem que vendia Portas.

- Olha a Porta fresquinha!!! é fresca... e baratinha! - disse o vendedor de Portas, que tinha um admirador que acabara de sair da casa de banho a gritar.

- Paulo, tens uma cara tão bonita! faz-me um filho!!!" - disse AR, que como sempre passa os posts todos na casa de banho...

- Um filho? Desculpe, mas não estou interessado. Não que isso seja possivel de qualquer dos modos, afinal você não pode engravidar. - Disse Portas com uma frieza que deixa AR de rastos.

- Mas Portinhas... - AR começou a suplicar.

- Nem Portinhas, nem meio Portinhas. Não é não! E isso é irrevogavel! - Portas lhe disse.

- Irrevogavel? Tal como a tua demissão, Portinhas? - AR perguntou-lhe.

- Cale-se. Eu tenho mais com que me preocupar. Eu tenho Portas para vender, afinal o CDS precisa de todos os fundos que conseguir para a próxima campanha eleitoral. - Portas respondeu.

- Sim, sim. Vocês vão é ser arrasados nas urnas. Volta e meia voltam a ser o partido do táxi. - disse Space Aye claramente agradado com a ideia.

- Não contes com isso, Space Aye. Eu e o meu CDS iremos perder votos, mas tão pouco importa porque desta vez vamos jogar pelo Seguro. Mal consigo esperar por me coligar com o PS. - disse Portas ansioso por vender de novo qualquer restea de dignidade e de principios que enventualmente lhe pertençam.

- Este gajo não muda. - disse Space Aye resignado.

- E é por isso que te adoro! Vai Portinhas! - AR gritou em apoio a Portas.

Entretanto Gaspar ganhou coragem e decidiu entrar na feira. Ele decidiu que Portas não o iria deprivar do seu novo entertenimento. Nisto ele recomeça a bater em JF com moedas de 2€. JF começa a correr de novo, ele não sabe o que fazer para despistar Gaspar que parece estar obcecado pela ideia de bater em JF com uma moeda de 2€.

Mais tarde JF consegue despistá-lo.

- Finalmente. Estava a ver que ele não me deixava em paz. - disse JF aliviado por poder finalmente descansar. Ele não tinha corrido tanto desde que vira uma moeda a rolar pela Avenida da República. Esforço que se revelara na altura infrutifero pois a moeda acabou por ir parar nas mãos de Luis Felipe Menezes que estava a atrevessar a ponte D.Luiz I a caminho da Camara do Porto onde ia ver que cortinas devia comprar para o seu futuro gabinete. Provavelmente laranja. Nisto JF relaxou e baixou a guarda sendo depois surpreendido por Vítor Gaspar que começou a bater-lhe com moedas de 2€.

- Porquê que estás a fazer isto? - JF perguntou-lhe sem resposta. Gaspar estava concentrado demais em bater-lhe para responder ao quer que seja. Agora que ele estava no desemprego, aquilo tornara-se no seu propósito de vida. O seu amigo, o ministro Schauble, recomendara-lhe que viajasse á volta do mundo ou que se tornasse num carteirista. Esta última ideia até agradou a Gaspar pois poderia dedicar-se a algo que ele gosta de forma mais descontraída, sem ter oposições a melgar-lo com factos ou lá como se chama aquilo. JF já estava no limite das suas forças quando apareceu uma francesinha falante (será que ele não estava a alucionar?).

- JF! JF! Levanta-te! Tu tens que te levantar. - Disse-lhe a francesinha falante.

JF estava demasiado fraco para se levantar e manteve-se prostrado no chão.

- É assim? Tu vais desistir? Tens que te levantar! - A francesinha falante insistiu.

Desta vez a francesinha falante tinha conseguido alcançar JF que com grande determinação se levanta. Gaspar continua a bater-lhe, mas isso não lhe importa. Gaspar agora é secundário. Aquela francesinha tem demasiado bom aspecto para que JF não a coma. Nisto JF começa a comer a francesinha que se contorce em dores.

- Porquê? - perguntou a francesinha enquanto JF a cortava em pedaços e comia.

Após terminar JF voltou a prostrar-se no chão á espera que Gaspar acabasse de o matar com uma moeda de 2€.

- Bem, pelo menos aquele francesinha estava óptima. - JF disse para si mesmo.

Quando Gaspar está prestes a desferir o golpe final, PVD aparece com um livro na mão.

- PVD? O que faz aqui? - Gaspar perguntou-lhe.

- O que estás a fazer? - PVD perguntou-lhe ao olhar para JF que se encontra prostrado no chão.

- Nada de especial. - Gaspar respondeu.

- Ele esteve a bater-me com moedas de 2€ todo o dia. - JF disse.

- Com que então é isto que tu tens andado a fazer? - PVD disse a Gaspar.

- Peço-lhe perdão, mestre PVD! - Gaspar disse prostrando-se aos pés de PVD.

- Está bem, está bem. Eu perdoo-te se doares 5,000€ á minha paróquia. - PVD respondeu.

- Ok. Se é isso que é necessário, eu faço-o. - Gaspar respondeu-lhe passando-lhe um cheque ainda de joelhos.

- Ok. Parece que está tudo em ordem. Já agora, tenho algo para ti. É um livro de Sudoku. Deve-te manter ocupado por um bom bocado. - disse PVD a Gaspar antes de sair.

E assim Gaspar deixou JF em paz.

- Pelo menos podia ter deixado a moeda de 2€ comigo. - JF lamentou-se.

JF depois levantou-se e caminhou, muito devagar, para casa. Depois de tudo isto, ele só queria ir para casa.

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