Avançar para o conteúdo principal

Vai ser só faturar!



Caríssimos, para quem anda menos informado, parece que a partir de agora temos de começar a pedir fatura de tudo aquilo que consumimos.
O orgasmo governamental pelas faturas já era conhecido dos portugueses, mas agora tornou-se numa asfixia hetero-erótrica.

JF – Não percebi nada.

Profissional da prostituição – Eu percebi. Queres que te explique?

JF – Uh......

A “lei das faturas”, que é mais uma invenção inteligente do Gaspar (o nosso Rei Mago não “escurinho” favorito), estabelece que ambos consumidor e vendedor têm responsabilidade solidária no caso do incumprimento, ou seja, lixam-se os dois se por obra e graça do Espirito Santo um fiscal descer á terra enquanto vocês pedem um café.

Claro que nem isto nem qualquer outra lei parva deste governo alguma vez vai chegar a ser cumprida, porque as pessoas já estão tão fartas do Coelho Gaspar que come as Relvas que o governo vai acabar por cair e partir uma perna.

E quando isso acontecer, já não vai parar às urgências, tem de pagar taxas moderadoras e ainda pedir a fatura. E aí é que ele vai ver como as coisas se passam cá em baixo. Vai ser um verdadeiro GF (governo fodido).

Mas até lá, sabemos que se isso alguma vez acontecer a um de nós gárgulas, isto é, se por obra e graça do Senhor aparecer um fiscal no preciso momento em que se pede um café, o mais provavel é que o azarado vá ser o JF.

JF – Dê-me um café, por favor.

Empregada do balcão – São 65 cêntimos, por favor.

JF – Foda-se...

Empregada do balcão – Desculpe?

JF – Uh, nada, nada! Tome lá e obrigado.

Fiscal – Ah ah ah, mas o que é isto, ó migo?! Então e a fatura?

JF – A quem?

Fiscal – A fatura, jovem urso! Tem que pedir a fatura.

JF – Oh homem, mas eu não quero comer nada, já almocei.

Fiscal – Jovem...a ver se nos entendemos: o individuo está a cometer uma infração fiscal passível de contra-ordenação, ao efetuar uma transação comercial sem o devido requerimento de fatura simplificada.

JF – Uh...não percebi. Pode simplificar o que acabou de dizer?

Fiscal – Posso. O senhor está multado. Dê-me o seu número de contribuinte, fachavore.

JF – Uh...eu não tenho disso. Eu não tenho rendimentos.

Fiscal – Não tem rendimentos? Como não tem rendimentos?!

JF – Não trabalho.

*dá-se uma longa pausa*

Fiscal – Já acabou de beber o café?

JF – Não...

Fiscal – Com licença.

*pega na chavena e bebe o café de penalti*

Fiscal – Pronto. Vou anotar aqui...*faz uns rabiscos no papel* - Agora se faz favor dispa as calças.

JF – Isso é obrigatório?

Fiscal – Não, era só pa ver o seu rabo.

JF – Então não.

Fiscal – Ok, boa tarde, sim?

*Vai se embora*

Enfim, vai ser só faturar! Só o papel que vamos gastar...
Eu por mim nunca pedi fatura nem despi as calças para os agentes da autoridade. E vocês, tencionam cumprir cegamente esta nova lei?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Coçador de micose implacável

Senhoras e senhoras, meninos e meninas (Ou será que em vez desta treta toda é melhor chegar aqui á Fernando Rocha: Ora ladies and gentleman… digam vocês o resto senão terei de por a bolinha vermelho no canto do blog). Hoje temos aqui presentes dois dos maiores coçadores de micose do país, de um lado temos ao Gato fedorento campeões a coçar a micose há vários anos, do outro lado temos PVD o mais novo coçador de micose, com apenas 17 anos já coçou bastante a micose. Eu e o Space Aye já nos oferecemos para ajudar PVD, mas ele não tem medo, ele diz que é capaz de os enfrentar os quatro membros do gato fedorento e derrotá-los sozinho. Entrevistador – PVD já não escreves um post, há cerca de dois ou três meses, e os Gato fedorento já estão ausentes há mais de meio ano achas que ainda é possível dares a volta por cima? PVD – Opá eu acho que sim, um atleta de alta competição a coçar a micose como eu não se pode deixar vencer por quatro marmanjos porque era extremamente chatinho se eu perdess

Porque odeio espanhóis

Se eu fosse o PVD, a resposta ao título deste post poderia ser apenas uma frase: "porque sou português". Mas como eu faço posts minimamente decentes (hein, PVD?) vou escrever mais duas ou três. A razão para eu fazer este post (além do facto de este blog já estar a ganhar baratas) prende-se com o facto de eu estar prestes a partir de férias (ou seja, contem com mais baratas pelo menos até pra semana). Férias...para Espanha, obviamente. Porque é para lá que os pobres como eu passam férias fora. No entanto, estou convencido que a viagem vai ser um martírio, uma vez que como vou de autocarro, e a minha chegada está prevista para 13 horas (não às 13h mas depois de 13 horas de viagem!). Por isso decidi levar a biblioteca de Alexandria comigo. Não foi fácil, visto que aquilo estava tudo queimado e debaixo de água, mas lá consegui pegar nuns calhamaços velhos e trazer comigo. Mas apesar de estas 13 horas parecerem muito, não me espanta. Afinal de contas, é provável que o motorista re

António Costa, o irrevogável socialista

Como qualquer showman, António Costa, adapta-se á sua plateia, e foi isso que o líder socialista fez quando em Barcelos diante de uma plateia de portugueses se apercebeu que tinha que voltar a soar um bocado á "alternativa" que tinha prometido antes de se tornar lider do PS. O incrivel progresso que o país tinha tido aquando do seu evento público de vassalagem aos investidores chineses rapidamente se transformou em retrocesso, num perfeito exemplo de trapézio á la Portas. A adaptação pode ser um grande trunfo quando se procura entreter um público, mas não o devia ser quando se fala de convicções. Mas num país onde a palavra irrevogável perdeu o seu significado original, isso já é capaz de ser pedir demais. Se há alguma coisa que se pode reter é que afinal parece que a falta de convicção dos lideres do PS não é defeito, é feitio.