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O Rei Mago "escurinho"

Recentemente, o líder da central sindical CGTP, Arménio Carlos, apelidou os funcionários do FMI em Portugal de "Reis Magos", sendo o etíope Babel Selassie o "Rei Mago escurinho".
Estas declarações tiveram um certo impacto na opinião pública (mas não muito, visto que quando falei disto ao JF ele me respondeu "Babel?! Escurinho?! Eu sei lá se é!").

O certo é que o filho do 'bochechas', 'bochechas júnior , mais conhecido por João Soares, saltou em defesa do Arménio (que by the way, tem nome de merceeiro), sublinhando que Selassie é de facto "o escurinho", e que quem chamou racista ao líder da CGTP está a recorrer ao "populismo demagogo".

Sobre isto tudo vou deixar apenas algumas notas (não muitas porque se o FMI me vê falar em notas ainda me leva a carteira (e eu não ia gostar nada. Foi a minha mãe que me deu no Natal, apesar de lhe terem roubado o subsídio).

1. Fico muito triste com o populismo demagogo. Nunca fui fã, mas a partir de agora vou deixar de o convidar para ir a minha casa jogar xbox.

2. Arménio Carlos descobriu aquilo que a humanidade há muito se debatia. A nacionalidade de (pelo menos) um dos Reis Magos. Parece que veio da Etiópia.
Pergunto-me agora se a tal mirra que ofereceu não nos terá antes mirrado mais ainda as nossas contas bancárias.

3. Acho lamentável que algumas pessoas venham defender o Arménio neste caso e não tenham defendido o Cavaquinho quando ele veio com aquilo de o Dia de Portugal ser o "dia da raça".
Por um lado compreendo. Eu também não gosto do Cavaco. Nem tenho qualquer apreço especial pelo bolo rei, cujas frutas cristalizadas não o são menos do que o próprio presidente da República em ação.
Mas então e o populismo demagogo? Não lhe terão aberto a porta?

4. É evidente que a expressão irrefletida de Cavaco Silva não é uma expressão racista.
É uma expressão nacionalista da pior espécie, bem ao estilo colonialista do séc. XX português.

5. Já a expressão de Arménio Carlos, não passa de uma gracinha para dar um colorido à crítica de que a "cabra de três cabeças" não dá sorte, tira-nos é a sorte!
É pena de facto que ninguém tenha separado estas águas, e que a memória de alguns seja tão curta (tanto de um lado como do outro).

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