Avançar para o conteúdo principal

Ídolos


Uma vez que o meu colega JF está a preparar umas mini-histórias em BD sobre os Ídolos, ao qual insiste em chamar “banda fotografada” (eu que pensava que uma banda fotografada era, sei lá, uns U2, uns Moonspell ou, já agora, uns Bandidolos, porque de certeza que nos seus concertos há sempre gente que lhes tira fotos), tive a brilhante ideia de esmiuçar também os Ídolos á minha maneira, fazendo uma crónica sobre o programa (chamo-lhe crónica porque a minha falta de humor é de facto mesmo crónica).
Este concurso foi um sucesso nacional, que para manter a tradição, não podia deixar de ser uma cópia de programas de outros países como os EUA e Reino Unido (American Idol e British Got Talent). Milhares de jovens (e alguns menos jovens) de todo o país se inscreveram ora porque tinham a firme convicção de que não “valiam zero, bola”, que tinham “carisma” e um “visual super bacana” ora porque o circo já tinha palhaços suficientes e os Gato Fedorento queriam ficar com ele todo $$$.
Alguns desses tipos foram para casa mais cedo, outros foram mais longe mas não chegaram aos 10 primeiros. No entanto um punhado deles teve sorte, e dois conseguiram chegar á final (e já agora um deles também ganhou, para quem ainda não tinha chegado lá). Como não posso esmiuçar todos esses cromos e extraordinários cantores, vou-me ficar pelos extraordinários cantores, esmiuçando um por um (até me fartar e ser ameaçado pelos fãs).

Márcio Costa – Bem caladinho e com um penteado á anos 60, tentou passar despercebido e imitar o Michael Jackson. Foi essa a sua estratégia. No entanto, encontrou um adversário feroz: O Carlos, bem mais piroso e espalhafatoso. Acabou por ser dos primeiros, dentro dos finalistas, a ir para casa.

Marta Silva – Tentou cantar em português, mas descobriu tarde de mais que assim não se safava. Foi fazer companhia aos cromos.

Melina Pires – Pensou que ia longe só porque era loira e boazona, mas esqueceu-se que também era preciso saber cantar vá lá…MUITO BEM e por isso as coisas digamos, não lhe correram assim MUITO BEM.

Salvador Sobral – Esta coisa de ter muitos fãs é giro e tal, cantar músicas popurauchas e fáceis também, mas isso, embora o tenha levado mais longe do que era suposto, não foi suficiente para o colocar nos três primeiros. Seria aliás, deitar talentos para o caixote do lixo.

Solange Hilário – Revelou que todas as indicações do júri são fáceis de cumprir menos a de cantar em português. Não seguiu precisamente a única indicação do júri que a ia prejudicar. O júri gosta de faduncho e Tony Carreira? Então que vá aos fados ou compre um CD deste grande fenómeno da musica portuguesa! Foi também considerada hipócrita por muitos, mas sinceramente não a acho hipócrita. Para ser verdadeiramente hipócrita ela tinha de se fazer passar por hipócrita, coisa que não conseguiu. Ela foi aquilo que é, ou seja, hipócrita (se não perceberam, leiam Tomás de Aquino e digam-me quem é mais confuso).

Carolina Torres – Ainda estou para encontrar essa senhora, visto que é da minha terra. Mas quando a encontrar nem digo o que lhe faço…Há! Já me esquecia que tinha de a esmiuçar…bem…foi sem duvida a gaja que mais benefícios tirou do programa, (provavelmente porque teve a ousadia de cantar musicas malandras e de vir sem calças para o programa). Não ganhou a viagem a Londres mas ganhou uma coisa melhor! Um emprego na SIC Radical! Sim, porque o Filipe (já lá vamos, senhoras parem de fazer gritos histéricos sempre que ouvem falar nele) daqui por uns meses está ali na esquina da rua de Santa Catarina de viola na mão e boné no chão a cantar os Perl Jam.

Inês Laranjeira – Canta muito bem…um género de música. Mas e o resto? Já não bastava querer enveredar por uma via que não tem sucesso a não ser nos EUA (o cinema) como ainda quis cantar música da Broadway e esperar chegar á final. Mas com a preciosa ajuda do seu bonito sorriso, aconselho-a vivamente a tentar a sorte não no mundo da música mas sim no mundo do cinema…como actriz…a fazer de…Godzila. Sei que é baixa demais, mas sempre pode usar umas andas.

Diogo Alvarenga – Embora não tenha ido a lado nenhum conseguiu escrever o seu nome no Guiness Book of Records ao bater o recorde do homem que consegue piscar mais vezes os olhos em 30 segundos. Já não é mau. Eu por exemplo ando há anos a tentar tornar-me o maior comedor de batatas fritas do mundo mas até agora isso apenas resultou em eu engordar 2 quilos (o que para muitas raparigas é normal, para mim é um recorde)…também já não foi mau.

Mariana Tavares – Embora vinda do Entroncamento não é muito mais alta do que a Inês, o que a torna numa pessoa normal em todo o país á excepção do Entroncamento, onde se tornou um fenómeno. Apesar de até cantar bem e ter um lindo sorriso também não foi muito longe. Mas enfim, a vida tem destas coisas…

André Cruz – O concorrente mais parecido com um vegetal de todo o concurso teve de voltar a enterrar a raiz na terra cedo demais. Parece que o "Cenoura" também não foi muito esperto a escolher as músicas (mas também não estariam á espera que um vegetal o fosse. Ou sim?).

Diana Piedade – Cantou rock, fez o sinal do diabo (PVD, não te benzas 3 vezes), apelou ao espírito caridoso dos portugueses e teve o mérito de chegar á final contra o vencedor pré-anunciado. Para muitos, é uma questão de talento. Para o nosso JF, é uma questão de felácios (não vos vou dizer o que isto quer dizer, senão ainda sou processado). Pode não ter ganho nada, mas pode ser que o Manelinho lhe arranje mais outra cunha qualquer (nem que seja fora do mundo da música).

Carlos Costa – Deitou facilmente por terra o outro palhacito que o tentava imitar e incrivelmente chegou á final. Contudo, continuo a achar que se enganou no concurso. Devia ter ido àquele concurso de imitação de cantores famoso, apesar de o cantor que imitou não se ter tornado famoso pela música…Não, não estou a falar do Michael Jackson, estou a falar do Castelo Branco. Digam lá, que a performance dele na música que foi cantar na final não foi a cópia do Castelo Branco (quando não está a cantar)? Numa entrevista, ele tinha-se queixado de ter sido assediado por homens. Mas a verdade, é que o Carlos conseguiu ser mais “assediado” por mulheres do que por homens, o que me espanta imenso. Mas também trouxe alguns problemas ao programa: Eu faço ideia como a conta da luz do estúdio deve ter ficado quando ele usou electricidade para fazer aquelas dancinhas panascas na semi-final…

Filipe Pinto – O gajo que teve a pinta de chegar lá no inicio e dizer “eu estou cá só para saber a vossa opinião”, como quem diz, “toda a gente me diz que já ganhei esta m** toda mas eu continuo a achar que não. Além disso, tenho um curso para acabar”. E depois chega á final e ganha mesmo aquela m** toda! E não só ganhou a estadia na escola de música em Londres, naquele magnifico hotel, como também ganhou a garantia de que, caso se chateie com a namorada, não lhe faltarão gajas interessadas nele nos próximos 100 anos. Continuo no entanto a achar que, embora como dizia o Pedro ‘Moncherie’, ele “só canta mal se estiver bêbado”, vai, daqui a uns meses, alegrar imenso as centenas de pessoas que passam diariamente na rua de Santa Catarina e o ouvirem lá a cantar e a pedir esmola, como aconteceu com o vencedor de uma outra edição dos Ídolos. A não ser que ele acabe mesmo o curso de engenharia florestal e siga a sugestão do ‘Moncherie’ de cantar para as árvores. De certeza que elas vão gostar…e aplaudir.

NOTA: Fã dos Ídolos como é, certamente irá notar que não falei em alguns dos finalistas. Justifico com isso o facto de não ter comentários a fazer sobre eles e também por me ter dado um súbito ataque de micose nas partes baixas, ao qual tive que acudir de imediato.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Coçador de micose implacável

Senhoras e senhoras, meninos e meninas (Ou será que em vez desta treta toda é melhor chegar aqui á Fernando Rocha: Ora ladies and gentleman… digam vocês o resto senão terei de por a bolinha vermelho no canto do blog). Hoje temos aqui presentes dois dos maiores coçadores de micose do país, de um lado temos ao Gato fedorento campeões a coçar a micose há vários anos, do outro lado temos PVD o mais novo coçador de micose, com apenas 17 anos já coçou bastante a micose. Eu e o Space Aye já nos oferecemos para ajudar PVD, mas ele não tem medo, ele diz que é capaz de os enfrentar os quatro membros do gato fedorento e derrotá-los sozinho. Entrevistador – PVD já não escreves um post, há cerca de dois ou três meses, e os Gato fedorento já estão ausentes há mais de meio ano achas que ainda é possível dares a volta por cima? PVD – Opá eu acho que sim, um atleta de alta competição a coçar a micose como eu não se pode deixar vencer por quatro marmanjos porque era extremamente chatinho se eu perdess

Porque odeio espanhóis

Se eu fosse o PVD, a resposta ao título deste post poderia ser apenas uma frase: "porque sou português". Mas como eu faço posts minimamente decentes (hein, PVD?) vou escrever mais duas ou três. A razão para eu fazer este post (além do facto de este blog já estar a ganhar baratas) prende-se com o facto de eu estar prestes a partir de férias (ou seja, contem com mais baratas pelo menos até pra semana). Férias...para Espanha, obviamente. Porque é para lá que os pobres como eu passam férias fora. No entanto, estou convencido que a viagem vai ser um martírio, uma vez que como vou de autocarro, e a minha chegada está prevista para 13 horas (não às 13h mas depois de 13 horas de viagem!). Por isso decidi levar a biblioteca de Alexandria comigo. Não foi fácil, visto que aquilo estava tudo queimado e debaixo de água, mas lá consegui pegar nuns calhamaços velhos e trazer comigo. Mas apesar de estas 13 horas parecerem muito, não me espanta. Afinal de contas, é provável que o motorista re

António Costa, o irrevogável socialista

Como qualquer showman, António Costa, adapta-se á sua plateia, e foi isso que o líder socialista fez quando em Barcelos diante de uma plateia de portugueses se apercebeu que tinha que voltar a soar um bocado á "alternativa" que tinha prometido antes de se tornar lider do PS. O incrivel progresso que o país tinha tido aquando do seu evento público de vassalagem aos investidores chineses rapidamente se transformou em retrocesso, num perfeito exemplo de trapézio á la Portas. A adaptação pode ser um grande trunfo quando se procura entreter um público, mas não o devia ser quando se fala de convicções. Mas num país onde a palavra irrevogável perdeu o seu significado original, isso já é capaz de ser pedir demais. Se há alguma coisa que se pode reter é que afinal parece que a falta de convicção dos lideres do PS não é defeito, é feitio.