Numa das suas novas e cada vez mais frequentes declarações públicas (que acabam mais por ser declarações púbicas, porque simplesmente ninguém quer saber do que Bin Laden diz), o líder da Al Quaeda mostrou pela primeira vez as suas preocupações ambientais, e acusou os EUA e os países industrializados de provocarem as alterações climáticas. Também chamou aos EUA de terroristas e elogiou Noam Chomsky, a quem dá razão quando este diz que os EUA têm políticas semelhantes ás da MAFIA.
Esta gravação, assim como recentes vídeos em que Bin Laden aparece todo jovem, têm várias curiosas particularidades. Os vídeos revelam que Bin Laden virá provavelmente a ser a próxima miss Afeganistão, Paquistão ou de onde quer que ele esteja (já que parece ser omnipresente). A mim ninguém me convence do contrário, lá nas montanhas invisíveis aos satélites americanos eles cuidam da aparência! Usam botox, pintam a barba e o cabelo e vestem-se bem! Nada que se compare á montagem que os americanos fizeram usando a cara do líder do Izquierda Unida! Ao pé dos terroristas, os espanhós são badalhocos!
O Bin Laden é como o Pai Natal, os anos passam, as dificuldades agravam-se mas o homem anda sempre ali todo jovem e pronto para as curvas! Até porque as estradas do Afeganistão que ainda estão inteiras devem ser só curvas, por isso há que estar preparado.
No entanto, não é apenas a jovialidade do líder da maior organização terrorista do mundo que me impressiona. Também me espanta a sua extraordinária cultura. Ainda não tinha dito isto, mas eles lá nos montes estão bem informados! É como os habitantes das aldeias cá. Têm televisões, rádios, gravadores, livros, revistas, jornais... Eu tenho mais dúvidas daquilo que eles não têm do que daquilo que eles têm!
Ele conhece Chomsky e Al Gore, ouve atentamente o Hugo Chavez (para ter discursos tão semelhantes só pode), provavelmente também já leu o Memorial do Convento do nosso Saramgo! (fico sempre com alguma relutância em dizer "nosso" dada a sua afinidade com os "nuestros hermanos", mas se são "nuestros" então ele também é "nuestro").
Gostava de ter uma conversa com um terrorista. Provavelmente ia acabar por falar de todos os assuntos do mundo menos de religião (a não ser que Bin Laden tivesse de facto lido o Memorial do Convento).
Um dia destes hei-de ir ás montanhas lá da fronteira com o Paquistão. Dá-me a impressão de que eles têm tanto para ensinar que não me importo de ficar ali uns quantos dias á porta do abrigo á espera que me recebam como fazem os monges de Shaolin.
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