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Prision Break em Portugal - Episódio 4

E chegamos finalmente ao último episódio da série Prision Break em Portugal (ou Prision Break Portugal como alguns gargulas saloios insistem em chamar).
Quiça não haverá uma segunda série...Eu por mim faço como a Teresa Guilherme. Segundo Big Brother? Nem morta!

Episódio 4 - A fuga (Season Finale)

Cena I - Na prisão (no recreio)

(Michael vai a passar pelo pátio, observando a enorme confusão instalada. Dezenas de condenados amontuam-se e gritam palavras de ordem para cima)
Michael - (para um condenado) O que é que se está a passar?
Prisioneiro - O boss está com problemas. Acabaram os garrafões de vinho e o presunto. O pessoal não está a gostar nada disto.
Prisioneiros - Abaixo o Jardim! É um fiasco!! Buuuu!!!
Lincoln - Michael, está quase na hora da escavação. Estas preparado?
Michael - Sim. Esta noite temos de sair daqui.

Cena II - Na prisão (na escavação)

(estão todos a cavar excepto Valentim Loureiro que entretanto chega)
Valentim Loureiro - (muito alto) Ó pessoal! É tudo a votar em mim, que eu ofereço-vos uma televisão pequena, um micro-ondas, um frigorífico e os primeiros a roubar os cupões com a cruzinha no adversário têm direito a uma máquina de esmagar sopas!
Castelo Branco - Uma varinha mágica?
Valentim - Sim, isso.
Castelo Branco - Ai eu voto! Assim já tenho um vibrador, não é Betty? (pergunta ao cadáver mais próximo)
Valentim - Daqui a meia hora venham á minha cela que vai começar o comício da minha candidatura! Tenho lá umas garrafas pra quem vier! O que é preciso é embebedar o pessoal porque só assim é que eles votam em mim!
Lincoln - Ouve lá, ó barbas, é fazer pouco barulho antes que venha o guarda. E toca mas é a cavar se é que queres sair daqui esta noite.
Valentim - Ah...então e a minha candidatura? O boss está quase a ser deposto! Não vou perder esta oportunidade!
Michael - Vai ter muitas hipóteses de ganhar eleições quando chegarmos lá fora. Traga o vinho e os electrodomésticos consigo.
Mário Machado - Ya, o preto carrega-os!
Michael - Se não tivesse acontecido aquela briga ontem, talvez ele até pudesse fazer isso.
Mário Machado - Realmente...devia ter dado a facada no paneleiro.

Cena III - Na prisão (no recreio)

(Michael, Lincoln, Mário Machado, Sócrates e Castelo Branco vêem João Jardim a ser transferido para outra parte da prisão escoltado pelos guardas enquanto é vaiado pelos prisioneiros)
Sócrates - Parece que é desta que o boss se foi. Finalmente! Vou já ali fazer uma chamada para um gajo do PS vir aqui ter. Não podemos perder esta cadeia para outro partido! É que eu cá não fico nem mais um dia! Era o que faltava! Tenho muitos Magalhães pra vender, pa!
(vai até á beira do telefone e faz uma chamada)
Sócrates - Sim? Silva Pereira?...............
(desliga a chamada)
Michael - Então? Já fez a chamada?
Sócrates - Não, enganei-me no número. Era a Ferreira Leite.

Cena IV - Na prisão (na escavação)

(os 7 vão a passar pelo corredor até á sala da escavação, onde se deparam com João Jardim)
Michael - João Jardim? O que faz aqui?
João Jardim - Isso pergunto eu! Sua cambada de cubanos! Andam a roubar a minha fortuna? Pensavam que me enganavam? Já tudo pra masmorra!
Michael - Não sei do que está a falar. Você já não é mais o boss. Agora saia daqui que temos trabalho a fazer.
João Jardim (exibindo o saco azul) - Não vale a pena mentir, mesmo com esse especialista em mentiras, desse colonialista do Sócrates! Eu cá tenho os meus informadores! Se querem escapar daqui esta noite, e com a minha massa, têm de escapar comigo! Sem truques!
Michael - Muito bem. Tem a minha palavra. Mas já agora diga-nos que é o seu informador.
João Jardim - É este rapazito africano (aponta para Benjamim Franklin).
Michael - Tu?
B. Franklin - Então bros, tiveram saudades minhas? Pois bem, voltei. Mas aviso já que ainda não estou a 100% por isso dificilmente vos poderei dar uma ajudinha na escavação.

Cena V - Na prisão (á noite)

(os 8 reúnem-se na cela de Michael e Lincoln e começam a entrar á vez no buraco em direcção aos canos)
Michael - Vá, pessoal sigam-me.
Lincoln - Até onde é que vamos?
Michael - Até á enfermaria
Lincoln - Já tens a chave?
Michael - Já, foi fácil. Foi só adormecer a enfermeira, tirar-lhe a chave e ir ter com os guardas para me levarem de volta á cela.
Lincoln - Como é que a adormeceste?
Michael - Pedi para ela ligar a TV
Lincoln - Só isso?
Michael - Sim. Estava a dar mais um discurso do Cavaco Silva em directo.
Lincoln - Mas a esta hora ela já deve ter dado pela falta da chave.
Michael - Só se for em sonhos. Logo a seguir começou a dar uma novela da TVI. Depois logo outra. E a esta hora já deve estar a dar Os Patinhos. Não há quem resista a esta combinação.
(passado 1 hora)
Lincoln - Michael, tens a certeza que estamos a ir na direcção certa? Já estamos a andar aqui á horas. Acho que já me lembro de ter passado por aquele rato.
Michael - Pois, se calhar...espera aí, deixa-me consultar a minha tatuagem.
(procura pela tatuagem toda)
Michael - Mas...o quê?...não estou a perceber nada!
Lincoln - O que se passa?
Michael - Ou a gaja que me fez a tatuagem era vesga ou esta porcaria destes canos estão todos trocados! Não consigo sequer saber onde estamos!
Castelo Branco - Se calhar está na tatuagem mais abaixo, eu vou ai verificar
Michael e Lincoln - Pss, cala-te!
Lincoln - Foda-se e agora? Já não demos ter muito tempo!
Michael - Pois...mas pelos meus cálculos...só saímos daqui amanhã.
Lincoln - Ok, e se em vez de te pores com cálculos saísses mas era daqui?
Michael - Hum...mesmo assim, com mais estes dois segundos, teríamos ainda 23 horas, 59 minutos e 58 segundos.
Lincoln - Desanda mas é daqui!
Michael - Tem calma, preciso de pensar!
Lincoln - Sai mas é daqui que me estas a pisar!!!
Michael - Ah, desculpa lá.
(passado mais 1 hora)
Sócrates - Opá, ó Michael, tu deves ter a mania que és esperto só por seres engenheiro pa! Eu também sou engenheiro, sabias? Deixa-me mas é cá ver isto antes que a gente seja apanhada.
Hum...acho que ir por este lado, virar á esquerda ali na curva e depois seguirmos sempre em frente até começarmos a descer.
(passado meia hora)
Michael - Acho que estamos mais longe ainda.
Sócrates - Hum...no Bob o construtor parecia mais fácil.
Lincoln - Estou farto. Bora mas é partir esta merda toda!
Mário Machado - Boa ideia!
(começam a bater num segmento até que ele cede e se quebra. Saltam até lá baixo)
Lincoln - Onde será que estamos?
Michael - Bem, pelos meus cálculos...ou simplesmente através do meu sofisticado uso dos globos oculares...estamos na nossa cela.
Sócrates - Porreiro, pa! Sentem-se aí, vamos jogar ás cartas.
Lincoln - Boa ideia, o primeiro a ganhar dá porrada aos outros todos!
Michael -E que tal voltarmos atrás até á parte em que eu passei o comando para o Sócrates?
(passado mais meia hora)
Michael - Chegamos. Vamos lá quebrar isto.
(começam todos novamente a bater nos canos até os quebrarem, e saltam para baixo)

Cena VI - Na prisão (na enfermaria)

Michael - Agora sim! Estamos na enfermaria
Lincoln - Quanto tempo ainda temos?
Michael - 25 minutos. Vamos quebrar aquela janela ali.
(pegam numa corda, atam á grade da janela até que ela cede e se solta)
Michael - Muito bem. Temos 15 minutos para trepar até chegarmos lá fora.
(começam a trepar um por um até lá fora. Entretanto as luzes acendem-se e o alarme toca)
Michael - Temos 10 minutos para sairmos todos daqui.
Castelo Branco - Para de contar o tempo, estas-me a deixar nervosa! A mim e á Betty!
Michael - Para de andar com cadáveres atrás como se eles fossem um ursinho de peluche, estas a deixar-me enojado.
Mário Machado (para B. Franklin) - Se calha não estás em grandes condições físicas para trepares aquela corda. (Agarra na corda e começa a trepar)
Valentim - Consegui trazer a...como é que se chama? Varinha Mágica! Espero que seja mesmo mágica, para ver se eu volto a ganhar a câmara de Gondomar! Ou outra qualquer! Desde que haja lá gente bêbada!
(Entretanto B. Franklin começa a trepar)
Valentim (para Sócrates) - Segura aqui (entrega-lhe a varinha e trepa)
Sócrates - Cuidado que isso ainda rebenta com o peso!
Valentim - Com o peso? Estas a chamar-me gordo??
Sócrates - Não é isso, mas se forem os dois ao mesmo tempo... eu vi isso no Bob o construtor...a corda...
(subitamente a corda cede e Valentim quase cai)
Valentim - Socorro! Tirem-me daqui! Eu ofereço-lhes um electrodoméstico! Ou um suborno!
(B. Franklin agarra em Valentim e ajuda-o a passar para o outro lado.
Sócrates começa a subir com cuidado.
Começam-se agora a ouvir os polícias com os cães a chegar ao local)
João Jardim - Ainda bem que na temos cá xneses. Comigo essa malta não embarcava!
Michael - Estamos a ficar sem tempo. Apenas 5 minutos. Eles estão quase a chegar.
(Lincoln sobe trepa á corda. Restam agora Michael e João Jardim.
Derrepente dois polícias arrombam a porta da enfermaria e deparam-se com os fugitivos)
Guarda Tony - Alto! Mãos ao ar! Acabou-se a fuga.
João Jardim - Vamos tentar resolver isto com um acordo positivo para ambas as partes. Nada disso da lei das finanças regionais daquele cubano, um acordo razoável.
Guarda Tony - Estamos a falar de quanto?
João Jardim - Meio saco azul pra cada um.
Guarda Tony - Fechado!
(entrega-lhes o dinheiro)
João Jardim - Vá rapazito, vai tu á frente que estás de bolsos vazios.
(Michael começa a trepar á pressa)
João Jardim - Se alguma vez precisares de asílio político vem ter comigo á Madeira que eu trato disso.
Michael - Vai voltar pra lá?
João Jardim - Hum...vou tentar as Ilhas Desertas...Meto lá meia dúzia de pessoas a trabalhar para mim e está-se na maior!
(entretanto os guardas com os cães chegam ao local e começam a gritar e a disparar para o ar.
João Jardim sobe a corda com a ajuda de Michael. Os guardas aproximam-se e tentam agarrar em João Jardim, que é segurado do outro lado por Michael e Lincoln. Mário Machado começa a atirar pedras para afastar os guardas e conseguem levar João Jardim com eles)
Michael - Depressa, corram! Estamos a pouca distância deles!
(Os guardas com os cães percorrem a zona á volta da cadeia enquanto os prisioneiros correm para o arbusto mais próximo)

Cena VII - No exterior da prisão
Michael - Os cães vão-nos encontrar. Não me parece que eles aceitem subornos.Além do mais já não temos dinheiro sequer para um daqueles guardas todos.
João Jardim - Na se preocupem que eu despisto os cães.
Lincoln - Epá que cheiro!(metem todos a mão no nariz e reclamam baixo)
João Jardim - Haha enganei-vos! Esta não foi para despistar, foi vingança por me terem tentado roubar a massa! É pra aprenderem a na se meterem com o Bukassa!

FIM DO EPISÓDIO 4

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